16 de outubro de 2007

Baobá Suvako entrevista Juliano Del Antonio

BS - Olá com vai vc? Gostariamos de agradecer a entrevista.
JDA - Eu é que agradeço a oportunidade de expor a todos os amantes das corridas um pouco do nosso pensamento, do pensamento da família EMBRAER BRASIL SPORTS TEAM, bem como compartilhar dessa paixão que move a todos nós.

BS - Juliano como começou sua vida como dono de equipe?
JDA - Sou como a maioria dos donos de equipe um piloto frustrado. Não me colocaram num kart com 3 anos, como fizeram com Fernandinho (Fernando Alonso) por exemplo. Acabei perdendo muito tempo. E nesse esporte tempo é fundamental. Então já que não tive a oportunidade de estar no comando da "barata", resolvi ficar do outro lado da mureta comandando uma estrutura fantástica que é a da EMBRAER BRASIL SPORTS TEAM.

BS - Em que equipe você se inspira na gerenciar a sua?
JDA - Poderia citar várias: McLaren, Ferrari, Lotus, Penske, Newman-Haas. Cada uma delas tem ou teve as suas peculiaridades, a sua filosofia. Digamos que procurei unir as melhores particularidades de cada uma delas e unir a minha filosofia, que é a de competir... desde que seja para vencer, sempre com respeito, amor e ética.

BS - Juliano sua equipe teve uma estreia muito fraca, porém em Long Beach andou como equipe de ponta... o que você fez para sua equipe dar esse up nos resultados?
JDA - Uma série de compromissos particulares na semana da estréia me impossibilitaram de estar presente em Long Beach. Infelizmente o pessoal que ficou na gerência do time não possui o know-how necessário e acabaram por tomar uma série de decisões equivocadas. Claro que não serei imbecil a ponto de não levar em consideração diversos fatores como a EMBRAER BRASIL SPORTS TEAM ser um time novo, num campeonato novo, mas determinadas atitudes devem e foram tomadas a fim de se evitar o vexame ocorrido naquele Grande Prêmio. Quando retornei para cá e vi a "zona" que isso estava, não pude tomar nenhuma outra decisão senão bater na mesa e colocar os pingos nos "is" sob pena de darmos um vexame maior na corrida seguinte o que inevitavelmente degringolaria para um gigantesca crise interna. E quando nos propomos a participar do certame, tínhamos em mente um único objetivo: a vitória. E não a alcançaríamos mergulhados numa crise.

BS - Você fez um esquema em sua equipe muito interessante... motor e chassi forte e um pneu novo que você esta desenvolvendo. O que você espera da Continental?
JDA- Quando entramos pra SOWWS foi com o pensamente de vencer... e isso não iria acontecer se não tivéssemos o equipamento certo. Quando pensamos no chassis não tivemos dificuldades em eleger os Lola como o equipamento ideal, tanto que algumas outras equipes também optaram por ele. Já a escolha do motor foi uma operação mais complicada. A priori iríamos utilizar os Honda de uma geração anterior, uma vez que a versão atual seria exclusiva do pessoal da Petrobras. Chegamos a fazer alguns testes e percebemos que não iria virar tempo. Estaríamos fadados às posições intermediárias e isso era inadmissível. Isto posto, fizemos uma série de estudos para escolher a “usina” ideal e a conclusão unânime foi por fechar com a BMW. Uma vez assinado o contrato com os tedescos faltava definir a “borracha” e entendemos em conjunto com o pessoal da BMW que a Continental seria uma opção viável e interessante, levando em conta a longa relação existente entre as duas empresas. Tenho convicção que temos um dos melhores pacotes técnicos da temporada.

BS - o seu quinteto esta com uma pequena divisão nos resultados, Da Matta, Meira e Danica indo muito bem enquanto isso Dirani e Pizzonia estão mais ou menos, o que vc atribui esses mal resultados?
JDA – Da Matta, Meira e a Danica já possuem experiência nesse tipo de carro. O mesmo não pode-se dizer do Dirani e do Pizzonia. Na primeira prova, salvo a Danica que conseguiu atingir alguns pontinhos, os demais ficaram bem abaixo das expectativas, até pelas razões já expostas aqui. No entanto, na prova seguinte demos um salto de qualidade e ficamos muito próximos da vitória, com o Cristiano além de colocar o Vitor e a Danica entre os que pontuaram. Infelizmente o Dirani teve uma quebra do motor o que o alijou de uma real possibilidade de pontuar. Quanto ao Pizzonia, embora ele esteja enfrentando uma série de dificuldades de adaptação, devo dizer de antemão que não cogitamos sua substituição. Não vou ficar fomentando boatos e especulações oriundas das Rádios Paddock da vida. Nossa operação se baseia em contratos de longa duração e enquanto entendermos que a situação deva permanecer como está, assim permanecerá.

BS - o que você espera para as proximas corridas?
JDA – Uma única coisa: vencer!

BS - Quem vc acha que leva o campeonato e por que? (não vale a sua)
JDA – É elementar que espero que a EMBRAER BRASIL SPORTS TEAM seja a grande campeã tanto do campeonato de pilotos quanto de equipes. Mas temos plena consciência das dificuldades que teremos principalmente em bater a Hyder Petrobras e a Lovatto, com certeza as maiores pedras no nosso caminho.

BS - Diga um ponto forte e um fraco da sua equipe.
JDA – Ponto forte: a união e o foco; Ponto fraco: assim que descobrir mando ele pro RH hahahaha

BS - Diga algo que lhe vier a cabeça nesse momento.
JDA – Correr... Competir... Vencer...

BS - Muito Obrigado pela entrevista e boa sorte.
JDA – Nós da EMBRAER BRASIL SPORTS TEAM agradecemos o espaço e esperamos nos ver lá no alto do pódio

Nenhum comentário: